UE: São precisos «novos passos» do Conselho de Segurança para pressionar regime sírio
Os países da União Europeia membros do Conselho de Segurança, entre eles Portugal, defenderam esta quarta-feira que o organismo da ONU deve dar «novos passos para manter a pressão» sobre o regime sírio, acusado de «grosseiras violações humanitárias».
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Após um briefing ao Conselho de Segurança do secretário-geral adjunto para Assuntos Políticos, Óscar Fernandez-Taranco, o "número dois" da missão britânica na ONU, Philip Parham, afirmou que o regime de Bachar al-Assad «continua a ofensiva» contra manifestantes em vários pontos do país, que já terá causado a morte de perto de 2000 civis, número negado por Damasco.
Os "pontos chave" do briefing, afirmou, ladeado dos representantes das missões de Portugal, França e Alemanha, foram que prosseguem «violações grosseiras de direitos humanos» e que «não há nenhuma perspectiva de progresso enquanto continuarem as operações militares e policiais contra civis».
Para os países europeus, a informação prestada pelo Secretariado da ONU indica também que o processo de reformas democráticas anunciado pelo regime sírio só terá «credibilidade» com o fim do «uso de força e prisões em massa».
«Se continuarem no actual caminho (...) achamos que o Conselho tem de dar mais passos para manter a pressão sobre o regime», afirmou Parham.
Com os Estados Unidos a decretarem sanções contra o regime sírio, o exemplo pode ser seguido pelo Conselho de Segurança através da aprovação de uma resolução, que tem sido bloqueada pela Rússia e mal vista por muitos dos membros não-permanentes.