Foram precisos cerca de mil homens do Exército e da Polícia da Colômbia para matar o líder das FARC "Alfonso Cano" numa acção com bombardeamentos e perseguições.
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Cerca de mil homens do Exército e da Polícia da Colômbia mataram o líder das FARC "Alfonso Cano" numa acção com bombardeamentos e perseguições que o Governo já classificou como a «maior operação» em 50 anos.
"Alfonso Cano" vivia há cerca de dois meses no sudoeste do país, em Cauca, quando na sexta-feira foi surpreendido por uma operação militar intitulada operação "Odisseia": Depois de um bombardeamento, cerca de mil homens das forças de segurança do Estado atacaram uma área rural conseguindo aniquilar o líder máximo das FARC quando fugia do ataque, contou o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.
A operação conjunta de bombardeamento das Forças Militares e da Polícia tinha começado há já vários dias «mas só se concretizou a partir das 8:30» de sexta-feira, avançou o ministro.
Juan Carlos Pinzón revelou que após o bombardeamento, as tropas foram projetadas na área. Durante a operação morreram vários elementos da estrutura de segurança das FARC como a responsável de comunicações, que se acreditava ser a companheira sentimental de Alfonso. O chefe de segurança também foi capturado durante a operação "Odisseia".
«Durante a tarde, entraram em combate e numa situação de perseguição morreu», disse o ministro.
Alfonso Cano estava na área de Cauca há cerca de dois meses e vivia acompanhado por 14 guerrilheiros quando morreu.
A imagem do líder barbeado morto não se parece com a imagem conhecida dele com barba e óculos de lentes grossas.
Este é a «a acção mais importante da história dos membros das Forças Militares e da Polícia contra a organização das FARC», sublinhou Pinzón.
Alfonso Cano era um intelectual de classe média que entrou para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia há 30 anos após a morte do seu lendário co-fundador, em 1990.
O corpo foi transladado para Popayan, capital do departamento de Cauca, onde se espera a presença ainda hoje do presidente colombiano.
"Cano", cujo verdadeiro nome era Guillermo Saenz Vargas, estudou antropologia na Universidade Nacional de Bogotá antes de ingressar na Juventude Comunista, e ter-se-à juntado às FARC no final da década de 1970.