A pedido do próprio, Barack Obama e George W. Bush vão discursar nas cerimónias fúnebres de John McCain, que morreu este sábado aos 81 anos.
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A urna do senador norte-americano John McCain vai estar no Capitólio de Washington na sexta-feira, uma honra reservada aos grandes protagonistas da história dos Estados Unidos.
Antes disso serão prestadas homenagens em Phoenix, onde vivia o senador que morreu este sábado aos 81 anos, vítima de um tumor cerebral.
As cerimónias fúnebres realizam-se no sábado na grande catedral da capital dos Estados Unidos, na presença de vários políticos e dignatários norte-americanos e estrangeiros. O enterro será no cemitério da Academia Naval em Annapolis, no domingo, aberto apenas a amigos e família.
Os antigos presidentes norte-americanos Barack Obama e George W. Bush, um democrata e um republicano, deverão fazer um elogio fúnebre durante a cerimónia, a pedido do próprio John McCain. Por outro lado, McCain pediu especificamente que Donald Trump não participasse na cerimónia.
Apesar de ambos serem republicanos, a relação entre McCain e Trump sempre foi tensa. Em 2015, o presidente dos Estados Unidos deixou várias críticas ao senador e disse que ele só era considerado um herói de guerra porque foi capturado. "Gosto mais de pessoas que não são capturadas", disse.
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Após a morte de McCain, vários funcionários, entre eles a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, e o chefe de gabinete, John Kelly, defenderam a divulgação de um comunicado oficial no qual se chamava o senador de herói e se elogiava o seu serviço militar, em particular o desempenho no Vietname, onde foi prisioneiro de guerra.
Contudo, Trump rejeitou a versão final da declaração e disse que preferia reagir na sua conta da rede social Twitter. Expressou a sua "mais profunda compaixão e respeito pela família", sem qualquer elogio à figura de McCain.
A decisão rompe com o protocolo seguido pelos presidentes dos Estados Unidos que, por norma, enviam à comunicação social uma nota na qual destacam as realizações e conquistas de personalidades proeminentes após a sua morte.
Já a relação com Barack Obama foi sempre marcada pelo respeito mútuo. McCain foi apupado pelos próprios apoiantes ao defender a nacionalidade de Obama, candidato contra quem concorria às eleições, depois de uma mulher dizer que este era árabe.
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