Uma dezena de pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento na morte de dois jornalistas franceses no Mali no sábado, informou hoje a agência France Presse, que cita uma fonte policial da cidade de Gao, no norte do país.
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O jornalista da Radio France Internationale (RFI) Ghislaine Dupont, de 57 anos, e o técnico de som Claude Verlon, de 55, foram raptados e mortos na cidade de Kidal no sábado pelo que o ministro dos negócios estrangeiros francês, Laurent Fabius, apelidou de «grupos terroristas».
Os seus homicídios chocaram a França quatro dias após o regresso a casa de quatro reféns que tinham sido raptados há três anos no Níger.
Hoje, Fabius disse à rádio RTL que estão em curso «operações» para «identificar um número de pessoas em campos».
Mas uma fonte próxima do ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian, que recusou ser identificada, disse à AFP que as forças de segurança tinham informação que poderia ajudar a encontrar os assassinos.
«Temos um certo número de indicações que nos permite recuperar o percurso e esperamos conseguir fazê-lo», disse a fonte, questionada pela AFP sobre o inquérito em curso.
Os corpos de Dupont e Verlon foram encontrados horas após o rapto no sábado. Estavam junto à carrinha 'pick-up' onde tinham sido raptados. Fabius disse que Dupont foi morto com duas balas no peito, enquanto Verlon «levou três balas na cabeça».
«Quando as forças francesas chegaram atrás da 'pick-up', viram alguém a fugir não muito longe, a cerca de 1.500 metros de distância, eles seguiram-nos, mas não conseguiram apanhá-los».
Os dois jornalistas veteranos viajaram para Kidal para entrevistar um porta-voz do grupo separatista Tuareg Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), e foram raptados à porta do entrevistado, segundo a RFI.