A Venezuela criticou os métodos usados pelos EUA para neutralizar o líder da Al-Qaeda, Usama Bin Laden, sublinhando que condena «o terrorismo em todas as suas formas», mas que «não se pode combater o terror, com mais terror».
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«O governo da República Bolivariana da Venezuela, ao admitir que seja certa a morte anunciada de Bin Laden, exige que cesse imediatamente a ocupação e a violência impostas pelos Estados Unidos na Ásia Central, com a suposta intenção de neutralizá-lo», segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
O documento, divulgado segunda-feira, em Caracas, começa por explicar que o governo dos EUA «anunciou a morte do conotado terrorista Osama Bin Laden, como produto de uma operação militar conduzida pelas forças norte-americanas no território do Paquistão, sem conhecimento das autoridades desse país».
«Este sombrio personagem, treinado e armado por agências de inteligência norte-americanas durante os anos 80 do século passado, virou as suas práticas terroristas contra os EUA em anos posteriores, convertendo-se no melhor pretexto para desencadear a guerra que hoje prossegue contra os povos do Iraque e Afeganistão», adianta.
Por outro lado, explica que «ante a barbaridade e a ilegalidade dos métodos usados pelo governo dos EUA, o governo venezuelano continua convencido, como advertiu no ano de 2001, que não se pode combater o terror com mais terror, nem a violência com mais violência e que o respeito pela dignidade e soberania dos povos constitui um requisito indispensável para a consolidação da segurança e da paz mundial».
O documento conclui afirmando que «o governo bolivariano, em união com o povo da Venezuela, aproveita esta ocasião para manifestar a sua solidariedade com o povo dos EUA, especialmente com as famílias vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001», condenando o terrorismo em todas as suas formas e manifestações.