Venezuela lança plano especial de segurança em 20 zonas «mais violentas e perigosas»
O Presidente da Venezuela lançou, na sexta-feira, um plano especial de segurança que será complementado com atividades culturais e desportivas, para promover a prevenção da criminalidade.
Corpo do artigo
Trata-se de «um plano especial extraordinário desenhado cientificamente», disse Nicolás Maduro, realçando a «nova fase» da iniciativa, que contemplará as 20 zonas «mais violentas e perigosas do país».
O "Plano Pátria Segura", que implica o destacamento de militares para as ruas, foi lançado em maio de 2013, para fazer face à violência num país em que, segundo dados oficiais, resultou, no ano passado, em 11 mil mortos, contra os cerca de 25 mil de que falam organizações não-governamentais.
Além disso, em algumas cidades, foi também posta em marcha a "Patrulha Inteligente", que divide o território em quadrantes vigiados por membros das forças de segurança, tudo no quadro do Plano de Pacificação do país, especifica a Efe.
«Destacamos as forças, fizemos uma retrospeção em alguns estados e selecionamos 20 paróquias para um plano piloto, ao abrigo do qual o destacamento vai ser, inclusive, mais forte do ponto de vista desportivo, cultural, de prevenção do crime», afirmou o ministro do Interior venezuelano, Miguel Rodríguez.
Segundo o mesmo responsável, nestes municípios, de diversas zonas do país, será reforçada a presença de efetivos das Forças Armadas, onde a sua presença era «bastante reduzida» na primeira fase do plano.
O Governo venezuelano está confiante de que o plano terá resultados a breve trecho, já que, segundo o titular da pasta do Interior, se espera que num trimestre se possa ir reduzindo estruturalmente a criminalidade.
A Venezuela tem sido palco, há mais de dois meses, de protestos quase diários contra o governo do Presidente Nicolás Maduro, por causa da crise económica, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.
Os protestos resultaram em 42 mortos, 6.081 feridos, 22.851 detidos (privados temporariamente de liberdade até serem presentes a um juiz) e 1.682 presos na sequência de sentenças condenatórias.