A vida de Yulia Tymoshenko corre «perigo real» e a antiga primeira-ministra ucraniana insiste em ser consultada pelo médico pessoal, anunciou Nikolai Siri, o seu advogado de defesa.
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Na passada semana, a defesa de Tymoshenko anunciou o agravamento do seu estado de saúde e exigiu que pudesse ser consultada pelo seu médico pessoal, mas o Tribunal de Petcherski aceitou apenas que a dirigente da oposição ucraniana fosse vista por uma comissão médica oficial, proposta que foi recusada pela antiga chefe do governo.
«Hoje, há uma ameaça real, não inventada, real à sua vida», afirmou o advogado de defesa no tribunal.
Nikolai Siri pediu ao tribunal que aceite a realização de análises clínicas por uma enfermeira da confiança de Tymoshenko e de uma consulta pelo seu médico pessoal.
«O poder quer esconder alguma coisa nas minhas análises e você, senhor juiz, participa nisso», declarou a antiga primeira-ministra.
O juiz Rodion Kireev voltou a recordar que autorizou uma consulta por uma comissão médica e que ela não aceitou.
Segundo o juiz, «o tribunal tem dados que apontam para que a saúde de Tymoshenko lhe permita participar no julgamento».
Yulia Tymoshenko é acusada de ter abusado do poder durante as conversações com a Rússia sobre fornecimentos de gás em 2009.
O seu advogado de defesa já pediu oito vezes a libertação da dirigente da oposição ucraniana, pedidos recusados pelo juiz.