Os 20 feridos do conflito líbio transportados pela Força Aérea chegaram a Lisboa este domingo à noite. A operação custou 200 mil euros a Portugal.
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São 20 feridos que durante um mês vão ficar internados no hospital militar. Fica assim cumprida uma missão da Força Aérea, pedida pelo novo poder líbio.
De acordo com o chefe da missão, Vítor Santos, nenhum dos feridos está em perigo de vida, mas alguns «serão operados para tentar melhorar a actual situação». Em alguns casos, «sabemos que vamos simplesmente melhorar a qualidade de vida», acrescentou.
A missão portuguesa, em voo militar, tratou de resgatar os 20 feridos em hospitais que tentam regressar à normalidade. Segundo Vítor Santos, a situação nos hospitais líbios não está caótica.
Mesmo com este aparente regresso à normalidade, Portugal admite avançar com outras operações, caso haja um pedido da Líbia, mas depende das condições financeiras.
«Salvar uma vida humana, esteja ela onde estiver, é por si só altamente significativo», pelo que «se vier novo pedido dessas autoridades e se se puder responder positivamente assim faremos», garantiu o ministro da Defesa, que foi receber os feridos.
Aguiar-Branco salientou que, apesar do «momento de austeridade que Portugal atravessa», o país não deixa de manifestar «solidariedade internacional e de participar nas iniciativas de carácter humanitário».
Cada nova acção neste âmbito terá de ser avaliada, «mas as missões de carácter humanitário são sempre avaliadas de forma prioritária», frisou.
Saoud Eltayari, conselheiro da embaixada da Líbia, afirmou compreender esta posição e acrescentou que se o país conseguir «ultrapassar a situação dos dinheiro congelados poderá estar na disposição de trazer feridos para Portugal e outros países».