No dia em que Vladimir Putin visita a Crimeia, os norte-americanos pedem ações a Moscovo para que os separatistas na Ucrânia não realizem o referendo marcado para domingo.
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Os EUA consideraram uma «provocação desnecessária» a visita que o presidente russo está a fazer à Crimeia por ocasião de mais um aniversário das vitória da Rússia sobre os nazis na II Guerra Mundial.
«A Crimeia pertence à Ucrânia», acrescentou a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, que diz esperar atos de Moscovo, depois de Vladimir Putin ter pedido aos separatistas na Ucrânia para não realizarem o referendo marcado para domingo.
«Se queremos pôr um ponto final à crise, então as palavras têm de se tornar atos», acrescentou Jennifer Psaki, que lembrou que se os russos «falam a sério, então têm de dizer aos separatistas para deporem as armas e libertarem todos os reféns».
Por seu lado, o governo de Kiev denunciou também uma «violação flagrante da soberania ucraniana», que prova que a «Rússia não pretende procurar a via diplomática».
Em Sebastopol, Putin considerou que a passagem da Crimeia para a Rússia é um ato de «fidelidade à verdade histórica» e, sublinhando que Moscovo respeita os direitos doutros países, disse esperar o respeito pelos «interesses legítimos» da Rússia.