Von der Leyen: Para a adesão da Ucrânia à UE e à NATO "são indispensáveis reformas"
Fica subentendido que os dois processos vão a partir de agora caminhar em conjunto. Mas, Ursula von Der Leyen promete "neste contexto", o apoio de Bruxelas.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen defendeu esta quarta-feira, em Vílnius, na Lituânia, que a Ucrânia tem condições a cumprir, para poder aderir não apenas à União Europeia, mas também para ser membro da NATO. "Temos um importante contributo a dar, em relação, ao desejo da Ucrânia não só de ser membro da União Europeia, mas também de aderir à NATO", afirmou a presidente da Comissão Europeia, vincando que para a dupla adesão "são indispensáveis as reformas", como "o reforço das instituições e a luta, por exemplo, contra a corrupção".
Fica subentendido que os dois processos vão a partir de agora caminhar em conjunto. Ursula von Der Leyen promete "neste contexto", o apoio de Bruxelas. "A Comissão Europeia está a trabalhar intensamente com a Ucrânia para realizar essas reformas", disse Von der Leyen, considerando "espantoso ver a rapidez com que a Ucrânia está garantir as reformas, apesar desta guerra".
"Uma coisa é certa: esta guerra horrível muda a face da Europa para sempre", afirmou, saudando a aplicação do espaço da aliança defensiva, com "a Finlândia a aderir à NATO [e] a Suécia a aderir à NATO". "Mais uma vez, parabéns à Suécia por este êxito", disse Von der Leyen, sublinhando que nunca aceitará que as regras sejam ditadas por aqueles que detêm a força militar.
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"Toda a gente percebeu que isto é mais do que a guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia. Trata-se da questão de saber quem somos e quais são as regras a nível mundial. Não queremos nunca aceitar que o "might makes right", afirmou.
Entretanto, a reunião já começou, primeiramente com os chefes de Estado ou de governos da Aliança Atlântica, e mais tarde com Volodymyr Zelensky naquele que será o primeiro encontro do Conselho NATO-Ucrânia.
A reunião pretende ser "um sinal de aproximação" da Ucrânia à NATO, afirmou ontem o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, no final do primeiro dia da Cimeira. Os chefes de Estado ou de Governos prometeram "endereçar um convite à Ucrânia para aderir à NATO", mas isto só irá acontecer "quando os aliados concordarem e as condições estiverem reunidas", anunciou Stoltenberg.
O presidente Ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou durante a tarde que o facto de não ser estabelecido um calendário para a adesão representava uma "oportunidade perdida" e um "absurdo". Porém, a falar em Vilnius, num concerto de apoio à Ucrânia, agradeceu o apoio.