Desde o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysian airlines, a 08 de março de 2014, várias explicações, muitas de teor conspirativo, foram formuladas. Há de tudo: de o avião ter sido alvo de uma conspiração militar dos EUA, a um esquema relacionado com seguros ou um rapto por extraterrestres. Nem mesmo a canção de um "rapper" escapou ao "radar" das teorias.
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Faz um ano que o aparelho, com 239 pessoas a bordo, desapareceu durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim. Passaram-se semanas, correram os meses, sem qualquer avanço significativo - público, pelo menos - nas investigações e nas operações de busca. Dificilmente se poderia criar quadro mais propício à especulação.
Nos parágrafos que se seguem, revisitamos algumas das teses sobre as causas ou motivações que conduziram, defendem os autores, ao mistério do voo MH370.
O avião foi abatido durante um exercício militar
É a tese desenvolvida num livro em que se defende que o aparelho foi "vítima" de um treino conjunto dos EUA e da Tailândia, tendo sido abatido. O autor escreve que acidentalmente um piloto de um dos "caças" disparou contra o Boeing: «São coisas que acontecem. Mas ninguém quer outro caso Lockerbie, por isso os envolvidos ficaram calados».
Anunciado em "rap"
É uma teoria que remete para um tema do cantor Pitbull, lançada dois anos antes do desaparecimento do avião
A certo passo de "Get started", o rapper canta «Agora partiu da Malásia» e «dois passaportes, três cidades, dois países, um dia».
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Houve quem defendesse uma ligação aos passaportes roubados, um italiano e outro austríaco, usados por dois iranianos que embarcaram no voo MH370. Também relacionaram as cidades e países à Malásia, à China e ao Vietname. Porquê? Digamos que, porque sim.
A conspiração da base americana
Os Estados Unidos viram-se obrigados a desmentir as suspeitas de que o avião teria sido capturado, sendo forçado a dirigir-se e a aterrar na base que tem instalada na ilha de Diego Garcia, no oceano Índico. O atol que tem soberania do Reino Unido, fica a 3500 km da Malásia. Nos primeiros dias, esse foi um rumor muito propagado e comentado na internet. Mas depois a diplomacia americana refutou liminarmente essa hipótese, garantindo que o avião nunca terá estado sequer perto dessa zona.
Uma explosão no cockpit
Esta tese diz que, por causa das medidas de segurança pós "11 de setembro", as portas dos cockpits foram muito reforçadas e que se um acidente desses tivesse acontecido dentro do posto de comando do avião, ninguém poderia acudir os pilotos ou, em vez deles, pedir socorro. Assim se explicaria a falta de um "mayday" e o despenhamento do aparelho.
Uma luta ou uma manobra arriscada
Ponto de partida desta teoria: o avião foi alvo de uma tentativa de sequestro por piratas do ar. Depois, de duas, uma. Ou houve uma luta entre eles e outros dos que seguiam a bordo, ou os pilotos tentaram abortar a operação de sequestro fazendo uma manobra ousada, por exemplo, fazer o aparelho ganhar altitude de forma muito rápida e depois obrigá-lo a descer abruptamente. Por uma ou outra via, o controlo do aparelho terá sido perdido, levando-o a despenhar-se.
Sabotagem por causa de um seguro ou para roubar segredo industrial
Primeira hipótese. Algum dos passageiros teria feito um chorudo seguro de vida e terá sabotado o avião para que, morrendo, a família recebesse o dinheiro. Segunda hipótese. No MH370 seguia um grupo de engenheiros de uma empresa norte-americana de eletrónica que teria desenvolvido tecnologia ainda não patenteada. Através da sabotagem e consequente queda do Boeing, alguém da concorrência ficaria com campo aberto para reclamar essa tecnologia como sua.
Estas são seis, apenas seis, das muitas teorias (mirabolantes?) para explicar o que aconteceu há um ano ao avião da Malaysian Airlines. Para conhecer outras, espreite aqui e aqui.