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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, divulgou um vídeo que mostra um míssil russo a atingir o centro comercial da cidade ucraniana de Kremenchuk, na segunda-feira, num ataque que provocou pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos.
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Num discurso em vídeo, Zelensky disse que Moscovo "queria matar o maior número possível de pessoas" num "ato de terrorismo de Estado".
As imagens partilhadas pelo chefe de Estado ucraniano fornecem uma "prova" para que "ninguém se atreva a mentir" sobre o que aconteceu, afirmou Zelensky, acrescentando: "O míssil russo atingiu este objeto, propositadamente. É óbvio que os assassinos russos receberam as coordenadas para este míssil. Eles queriam matar o maior número possível de pessoas numa cidade pacífica, num centro comercial comum."
Zelensky referiu ainda que, tal como aconteceu com todos os outros ataques, a Rússia será "a responsável" por "este ato de terrorismo de Estado". "No campo de batalha na Ucrânia, pelo fortalecimento das sanções e, claro, no tribunal", finalizou.
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Na segunda-feira, a Rússia tinha atribuído o incêndio neste centro comercial a explosões num depósito de munições destinadas a armas ocidentais após ter sido atacado pelo seu exército.
Segundo o exército russo, o centro comercial estava desativado, apesar de as autoridades ucranianas terem dito que estavam mais de mil pessoas no complexo.
"A detonação de munições destinadas às armas ocidentais causou um incêndio (...) num centro comercial que não estava a funcionar", disse o exército russo, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
O Ministério da Defesa da Ucrânia referiu anteriormente que os mísseis de longo alcance foram disparados de um bombardeiro estratégico TU-22 da região russa de Kursk, perto da fronteira.
Com cerca de 220.000 habitantes antes da guerra, a cidade de Kremenchuk situa-se a 330 quilómetros a sudeste da capital, Kiev, e a mais de 200 km da linha da frente.
Até agora, o centro da cidade não tinha sido atingido, apenas instalações industriais e uma refinaria na periferia.