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Hoje é dia de reflexão, por isso não vou aqui falar de política ou de partidos, mas não resisto a deixar um apelo: vá votar. Proteja-se da Ómicron, desloque-se às urnas e vote em consciência. A abstenção mina os pilares da democracia, por isso exerça o seu dever e, acima de tudo, o seu direito. Porque ter a oportunidade de votar livremente não deve ser encarado como um dado adquirido.
Feito o apelo ao voto, vale a pena recordar que há um caminho de desenvolvimento e de crescimento que o país precisa de percorrer. Para isso, necessita de estabilidade, de confiança e de maior investimento. A pandemia está a durar mais do que o previsto e as empresas continuam preocupadas com o futuro. Ainda assim, o desemprego está em baixa graças aos apoios públicos que foram mantendo os postos de trabalho.
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À falta de mãos junta-se agora a falta de concentração e de ânimo dos funcionários. E há um elefante na sala: a doença mental.
Aliás, hoje todos os setores de atividade se queixam da falta de mão-de-obra. A situação acentuou-se com a pandemia que fez com que muitos portugueses não aceitassem determinado tipo de empregos, sobretudo os mais expostos ao SARS-CoV-2. Vai ser preciso dar confiança a esses trabalhadores para que regressem aos balcões, ao atendimento, aos serviços em geral. O país precisa deles!
À falta de mãos junta-se agora a falta de concentração e de ânimo dos funcionários. E há um elefante na sala: a doença mental. Poucas são as organizações atentas e ativas em relação a esta espécie de nova variante. Há um tremendo cansaço invisível que afeta patrões, chefias, colaboradores e que está a agravar-se neste arranque de ano, em as infecções dispararam bem como os casos em isolamento por doença ou prevenção.
A retalhista espanhola considera que 'as pessoas que fazem parte da Mercadona são essenciais para a adaptação com agilidade e determinação, porque são o melhor ativo para os clientes'.
Neste arranque de ano comecemos por cuidar dos nossos. Por cuidar, reter, valorizar e distinguir os melhores e aqueles que, em pleno confinamento ou isolamento, nunca desistiram, nunca baixaram os braços. Isso pode passar por ações das empresas como disponibilizar o apoio de um psicólogo, dar maior flexibilidade na gestão de carreira e família, financiar propinas para uma formação ou, quando é possível, dar aumento, como incentivo e, já agora, para compensar a subida da inflação e a descida do poder de compra.
Foi o que fez a Mercadona, quando esta semana anunciou que os 2300 trabalhadores em Portugal vão ter um aumento salarial de 2,7%. A retalhista espanhola considera que "as pessoas que fazem parte da Mercadona são essenciais para a adaptação com agilidade e determinação, porque são o melhor ativo para os clientes", diz a retalhista, apontando que quanto mais satisfeitos, mais a Mercadona avança". E é isso. Nem sempre de Espanha chegam maus ventos e maus casamentos. Vale a pena pensar nisto.