Pedro Passos Coelho acusa o governo de se aproveitar "de forma enganosa" da decisão da Autoridade Nacional de Aviação Civil para desfazer o negócio TAP.
Corpo do artigo
A Autoridade Nacional da Aviação Civil decidiu aplicar à TAP e à Portugália medidas cautelares que impedem a tomada de decisões de gestão extraordinária ou que tenham impacto significativo no património, na atividade e na operação das duas empresas. A ANAC admite que existem "fundados indícios de desconformidade" das regras europeias na venda de 61% da TAP à Gateway, o que justifica as medidas destinadas a impedir decisões de gestão extraordinária.
Depois de conhecida esta decisão, o atual governo, através do ministro do Planeamento, considerou que o parecer da ANAC dá razão às "reservas" do executivo e do Partido Socialista quanto ao negócio feito pelo anterior executivo.
Este sábado, Pedro Passos Coelho considerou que a aplicação de medidas cautelares à TAP e à Portugália tem muito mais a ver com o governo socialista do que com o governo no qual foi primeiro-ministro.
Já na sexta_feira, o PSD tinha defendido que a ANAC não pode em causa o negocio realizado pelo executivo anterior uma vez que, entendem os social-democratas, o que está em cima da mesa é uma falha relativamente a alguns documentos pedidos pelo regulador ao atual governo e ao consórcio privado.