O Candidato do bloco de Esquerda apanhou o elétrico 15 na Praça da Figueira e viajou até Belém. E chegou à conclusão que andar na Carris não é uma boa escolha alguém se movimentar em Lisboa.
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Se Ricardo Robles queria mostrar que a Carris está a ser mal gerida pela Câmara Municipal e não é uma alternativa à mobilidade dos lisboetas, conseguiu.
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Primeiro foi a espera de mais de meia hora do elétrico 15 na praça da Figueira."Não se pode confiar na Carris como meio de mobilidade", desabafava o candidato.
Enquanto esperava, foi deixando criticas à câmara de Lisboa e a Fernando Medina, revelando as promessas por cumprir. "O prolongamento do 15 até ao Parque das Nações está no programa do PS de 2007, desde há 10 anos", lembra. Por isso conclui que " os lisboetas sabem que as maiorias absolutas não cumpriram aquilo a que se propunham".
Mais tarde o elétrico chegou e lá dentro uma utente queixava-se do tempo que tinha esperado na paragem. " Esperei uma hora. Não aguento".
O elétrico vinha cheio, era dos mais modernos e nas janelas lia-se o anúncio de que tinha wi-fi. Mas faltava o essencial, ar condicionado. Uma das portas também não funcionava.
A viagem foi penosa para a comitiva que se abanava com o que tinha à mão, os panfletos de propaganda do Bloco.
No final, já em Belém, o desabafo de Ricardo Robles. "Foi um sofrimento de uma ponta à outra" diz, enumerando os problemas sentidos. "O calor dentro da carruagem era insuportável, o tempo que demorámos. Percebe-se que a Carris precisa de um investimento fortíssimo para ser uma alternativa para os lisboetas", conclui.
Ricardo Robles salienta que, deste modo, a empresa só está a perder utentes, "cerca de meio milhão de passageiros só no último ano."
Em Belém, para terminar esta ação de campanha, Ricardo Robles deu os últimos retoques no mural que tinha acabado de ser pintado por outros camaradas de partido e onde se podia ler uma máxima defendida pelo Bloco nestas eleições: "em Belém tem de haver metro".