O primeiro-ministro está a recolher mais informações para uma decisão final na escolha do novo chefe das secretas.
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António Costa não conhecia o "caso timorense "que envolve José Júlio Pereira Gomes, segundo o semanário Expresso. Em 1999, na altura do referendo à independência, Pereira Gomes foi chefe da missão de observadores portugueses em Timor e é acusado de - nesse verão quente - ter deixado para trás os timorenses que estavam a trabalhar para Portugal.
O primeiro-ministro disse, esta sexta-feira, que não tem razão para alterar a posição, depois dos contactos que fez, entre os quais com responsáveis políticos que exerciam funções na altura, com oficiais da PSP que estavam destacados em Timor e com vários diplomatas que intervieram no processo.
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Porém, de acordo com o semanário Expresso e com o Diário de Notícias, António Costa quer agora mais esclarecimentos. Conta o DN, na edição deste sábado, que chefe do governo chamou a São Bento o diretor nacional da PSP, Luís Farinha, que na altura fez parte da missão de observadores. Por outro lado, o Expresso revela que serão consultados também António Guterres, primeiro-ministro na época, bem como Jaime Gama, então ministro dos negócios estrangeiros.
Num artigo de opinião, desta sábado, no jornal Público, Pereira Gomes insiste na versão que sempre apresentou, segundo a qual foi o governo que deu ordem de retirada quando a violência alastrou. Nega, ainda, ter deixado para trás os timorenses que estavam a trabalhar para a missão portuguesa.
O artigo é uma resposta ao jornalista Luciano Alvarez, que estava em Timor naquele verão de 1999 e que acusa Pereira Gomes de estar a mentir.
José Júlio Pereira Gomes é o nome escolhido pelo governo para desempenhar o cargo de secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa.