António Costa explica 'nega' do PS ao BE. "É tratar como taxa o que é um imposto"
Primeiro-ministro defende que o que é realmente necessário para combater a especulação imobiliária é aumentar a habitação acessível.
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António Costa justificou, esta terça-feira, a decisão do PS em rejeitar a taxa proposta pelo Bloco de Esquerda para combater a especulação imobiliária, considerando que o que o BE está a propor é na realidade um imposto que está a "tratar como taxa".
A prioridade, diz Costa, deve ser o aumento da oferta de habitação acessível, pelo que admite que "não percebe bem" a proposta dos bloquistas nesta matéria.
"É um imposto que repete o Imposto Mais-Valias, que já existe, e que já tributa o que há para tributar", lembra Costa, defendendo que o que é necessário para combater a especulação é a "rápida aprovação pela Assembleia da República do conjunto de iniciativas que o Governo apresentou para haver mais habitação acessível".
A lei de bases é outra das temáticas que precisa de ser tratada, uma vez que a habitação "é um dos poucos direitos fundamentais" que não tem uma.
Esta terça-feira, Mariana Mortágua, deputada do BE, mostrou-se surpreendida com a nega dos socialistas à taxa apresentada pelos bloquistas. Já Rui Rio, presidente do PSD, defende que a taxa " nem é assim uma coisa tão disparatada ".