Líder centrista realçou que os círculos de Lisboa e Porto são lideradas por duas mulheres: ela própria e Cecília Meireles.
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, destacou esta sexta-feira a renovação de 70% dos cabeças-de-lista às eleições legislativas e a aposta na juventude, na proposta que fez ao conselho nacional do partido, reunido em Lisboa.
"Há uma renovação de cabeças-de-lista de 70%, entre deputados que vêm para cabeças-de-lista pela primeira vez e pessoas novas que vão encabeçar listas", afirmou Assunção Cristas, em declarações à agência Lusa, na noite em que o conselho nacional tem na agenda a votação da chamada quota nacional de candidatos da direção, incluindo todos os cabeças-de-lista, e a candidatura às europeias.
Em 20 cabeças-de-lista, "14 são novos", já considerando Patrícia Fonseca e João Almeida, que foram candidatos na coligação com o PSD em 2015 e agora estão à frente das candidaturas centristas, exemplificou.
A presidente centrista realçou ainda o facto de, pela primeira vez, os dois maiores círculos eleitorais, Lisboa e Porto, terem mulheres à frente da lista de candidatos a deputados -- ela própria, Assunção Cristas, em Lisboa, e a sua vice-presidente Cecília Meireles no Porto.
Estas duas listas, na parte que propôs, "são completamente paritárias", realçou.
Em janeiro, o conselho nacional aprovou os critérios na escolha de candidatos a deputados, cabeças-de-lista nos 18 distritos, mais os dois círculos da Europa e Fora da Europa. Em Lisboa, além do cabeça-de-lista, a direção tinha o direito a indicar mais quatro nomes e mais três no Porto.
Acontece que, por acordo com as duas maiores distritais, os seus primeiros candidatos a indicar pela estrutura entram mais acima, na quota nacional, e a direção indicou mais um nome por cada círculo, segundo explicou Cristas à Lusa.
E a lista, nos seus primeiros nomes, é paritária, entre mulheres e homens, disse.
No maior círculo do país, Lisboa, depois de Cristas, surgem na lista os deputados Ana Rita Bessa, João Gonçalves Pereira, que também é líder da distrital, Pedro Morais Soares, secretário-geral e que não estava no parlamento, Isabel Galriça Neto, outra deputada, e em último lugar Sebastião Bugalho, independente, ex-jornalista, colunista e analista político,
Depois de Cecília Meireles, na lista do Porto surgem Francisco Rodrigues dos Santos, Fernando Barbosa, líder da distrital, e Isabel Menéres Campos, jurista e docente na Universidade Católica do Porto.
Outro dos traços das listas, segundo Cristas, é a "aposta na juventude", com a inclusão de Francisco Rodrigues dos Santos, líder da JP, a número dois no Porto, e com a escolha de Sebastião Bugalho, 23 anos, ex-jornalista e analista político.
A líder centrista destacou, igualmente, a candidatura de Gonçalo Nuno Santos, pelo círculo Fora da Europa, pelo qual já tinha sido eleito pelo PSD, partido do qual se desfiliou.
"É um homem com muita experiência e que, de facto, se desfiliou do PSD para aceitar esse desafio pelo CDS", e que demonstra "um percurso de grande abertura" por parte dos centristas, afirmou.
O CDS reuniu o seu conselho nacional na sexta-feira à noite para votar a quota nacional dos candidatos às legislativas de 06 de outubro, indicados pela direção, e a lista do partido às europeias de 26 de maio.
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