O Bloco de Esquerda quer um concurso público internacional para escolher os gestores de instituições como o Centro Cultural de Belém. Depois do afastamento de António Lamas, o PSD acusa o PS de agir como se fosse "o dono disto tudo".
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Numa declaração no Parlamento, o deputado bloquista José Soeiro considerou "anormal" e "inaceitável" a nomeação de Elísio Summavielle para o CCB sem concurso público.
O BE entende que neste, como noutros casos de equipamentos culturais, a escolha dos gestores deve ser feita de acordo com "uma lógica de transparência", segundo a qual se "associa a uma determinada função, um plano estratégico, para que Portugal possa ter, à frente destas instituições, as pessoas mais indicadas".
Ainda assim, o Bloco não contesta a decisão do governo de trocar António Lamas por Elísio Summavielle.
José Soeiro entende como "natural" o afastamento de um diretor cujo plano para o eixo Belém-Ajuda foi "rejeitado pela tutela".
"Dono disto tudo", acusa PSD
Para os sociais-democratas, o PS no governo está a comportar-se como uma "espécie de dono disto tudo".
Para além do caso do Centro Cultural de Belém, o deputado Sérgio Azevedo dá outros exemplos: "foi assim com o Instituto de Segurança Social, com o Instituto do Emprego, com o Governador do Banco de Portugal".
Por isso, o grupo parlamentar do PSD diz-se "verdadeiramente surpreendido e até um pouco estupefacto".
Sérgio Azevedo fala num "ímpeto renovador de tudo o que é organismos do Estado". Os sociais-democratas ponderam "ouvir os responsáveis" sobre o assunto.
Pelo CDS, Hélder Amaral também critica a forma como o processo de mudança no CCB foi conduzido. O deputado centrista diz que os socialistas agem como se a administração pública fosse "uma coutada do partido socialista".
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