A deputada socialista Gabriela Canavilhas lembra que o Centro Cultural de Belém é uma fundação e que os estatutos preveem a forma como a administração foi mudada. O PS rejeita todas as acusações, do Bloco de Esquerda e da oposição.
Corpo do artigo
Gabriela Canavilhas diz que os socialistas rejeitam "enfaticamente qualquer tentativa de controlo" do Estado, como foi sugerido pelo PSD e pelo CDS. E afirma que o governo de Passos Coelho foi o que "mais tentou dominar e controlar o Estado por via das nomeações políticas".
Como exemplo, a antiga ministra da Cultura fala na CRESAP - a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública -, descrita como "um instrumento de sancionar" essas nomeações.
Quanto ao CCB, Canavilhas recua ao tempo da troca de António Mega Ferreira por Vasco Graça Moura, alguém que, "apesar da sua grandeza no domínio cultural, tinha cartão do PSD".
Já quanto à exigência do Bloco de Esquerda, para que este tipo de decisões seja tomada mediante um concurso público internacional, a deputada do PS sublinha que o CCB é uma fundação, por isso, tem estatutos próprios, que "preveem que a administração seja nomeada da forma que é".
Gabriela Canavilhas entende, assim, que essa forma só pode mudar "quando deixar de ser uma fundação e passar a ser administração direta do Estado".
Ainda assim, é "natural que o Estado tenha os seus representantes na administração" e dê "orientações diretas" na gestão do Centro Cultural de Belém.