Após uma visita à escola básica Leão de Arroios, em Lisboa, Ricardo Robles ouviu as queixas da associação de pais e acusou Fernando Medina de se esquecer do essencial para Lisboa: as pessoas.
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A TSF fica à porta da escola, no Largo do Leão, freguesia de Arroios. Lá dentro, Ricardo Robles e a comitiva do Bloco de Esquerda visitam as instalações, guiados pela presidente da associação de pais, Ana Barreiros, e alguns encarregados de educação.
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A escola básica Leão de Arroios tem 30 anos e os problemas são os mesmos desde então, agravados pela falta de recursos humanos. As instalações não têm condições de acesso para crianças com mobilidade reduzida, os espaços de recreio aguardam há vários anos por um toldo que proteja os alunos do sol e da chuva, o refeitório funciona perto do ginásio.
Para agravar a situação, dizem os pais, não há um plano de evacuação em caso de emergência e as obras recentes no Largo do Leão agravaram a situação, pois para chegarem ao largo as crianças têm de atravessar uma rua movimentada.
Há ainda espaços que não estão a funcionar, como a biblioteca, porque não há funcionários suficientes. Neste ano letivo, há cinco auxiliares para 400 crianças entre os cinco e os dez anos de idade.
Ao ouvir os argumentos, Ricardo Robles não tem dúvidas de quem é a responsabilidade para este estado de coisas: "Fernando Medina esqueceu-se das escolas, das creches, das crianças de Lisboa, e esta escola aqui é um bom exemplo disso. Uma escola que tem 30 anos, tem muitos problemas, mas era fácil resolvê-los".
O candidato do Bloco de Esquerda promete não esquecer a escola, como político e como pai.
"Não é preciso embarcarmos em obras megalómanas na cidade se ainda não resolvemos o que é o mais importante. É isto que dá conforto às crianças e aos pais, porque os pais estão sempre à espera do final do dia para saber se os filhos rasgaram as calças, se rasgaram o joelho, se bateram com a cabeça...", comenta Ricardo Robles quando é interrompido por uma das mães: "Quando o telefone toca e vimos que é o número da escola, pensamos sempre 'é desta que foi para o hospital'".