Carneiro responsabiliza Montenegro por "falhanço clamoroso" na saúde e pede responsabilidades sobre morte de grávida
O líder do PS lamenta a morte de uma grávida "que perdeu a vida depois de ter ido ao hospital e de a terem mandado embora" do Hospital Amadora-Sintra
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O secretário-geral do PS recusou esta sexta-feira aproveitar a tragédia da morte de uma grávida para "fins político-partidários", mas exigiu o apuramento de "todas as responsabilidades", considerando o primeiro-ministro responsável pelo "falhanço clamoroso" na saúde.
À margem de uma visita ao Amadora BD, José Luís Carneiro lamentou a morte de uma grávida "que perdeu a vida depois de ter ido ao hospital e de a terem mandado embora" do Hospital Amadora-Sintra, considerando grave este acontecimento.
"Contrariamente a outros, nós não aproveitamos a tragédia para fins político-partidários. No entanto, todas as responsabilidades devem ser apuradas e a primeira e mais importante responsabilidade é a do primeiro-ministro, por uma razão, porque foi ele que prometeu soluções e, portanto, é ele que tem que prestar contas, tem que dar conta da sua responsabilidade, da forma como a está a exercer", acusou.
Na perspetiva do líder do PS, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou na véspera tudo o que o PS tem vindo a dizer sobre saúde.
"É o reconhecimento do falhanço clamoroso do Governo numa área vital para a qual prometeu soluções", condenou.
A Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra abriu um inquérito interno às circunstâncias da morte, hoje, de uma grávida que esteve no hospital na quarta-feira para uma consulta, em que foi detetada uma situação de hipertensão, anunciou a instituição.
Após a CNN Portugal ter noticiado a morte da grávida, a ULS Amadora-Sintra relatou, em comunicado, que a grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, deu entrada no serviço de urgência, cerca da 01h50 desta sexta-feira, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória.
