Os dois diplomas com que o PSD pretendia travar a municipalização da Carris e dos STCP foram rejeitados com os votos do PS, PCP, BE e PAN. Alterações apresentadas pela esquerda baixam à especialidade.
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O PCP já tinha avisado que o PSD não podia contar com o voto dos comunistas para "intrigas partidárias, jogadas politiqueiras, interesses e privatizações", e, na hora de votar, chumbaram os dois decretos social-democratas para que cessasse a vigência dos decretos que transferiram para autarquias de Lisboa e do Porto a gestão da Carris e da STCP.
A nova maioria esteve alinhada: PS, PCP, BE, PEV e PAN votaram contra. O CDS optou pela abstenção, tendo apresentado declarações de voto individuais e da bancada.
Durante o debate, PCP e BE apresentaram propostas para impedir eventuais alienações aos privados, defender a contratação coletiva e melhorar a qualidade da frota e do serviço.
Estas alterações baixaram, sem votação, à comissão, para acertos na especialidade.
Os decretos-lei que transferiram a gestão da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa e STCP para seis municípios da região do Porto foram recentemente aprovados pelo governo e publicados em Diário da República.