CDS: "Não creio que oposição deva esperar que seja o PR a fazer o seu trabalho"
Nuno Magalhães diz que o CDS "tem feito o seu trabalho de consciência tranquila". Ao contrário do PSD, vai apresentar propostas para atenuar o "ataque fiscal" e votar contra o Orçamento do Estado.
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O líder parlamentar do CDS invoca o exemplo da Venezuela. Nuno Magalhães diz que não quer ser "tremendista", mas considera que existe "essa visão ideológica nos partidos que apoiam o Governo".
"Nós não acreditamos numa sociedade em que se tenta acabar com os ricos, acreditamos numa sociedade que tenta acabar com os pobres. Já a ideia de acabar com os ricos tornando-os pobres, nós tragicamente vemos o que sucedeu em países como a Venezuela e vemos que não resultou".
Nuno Magalhães diz que o CDS vai votar "convictamente" contra uma proposta de Orçamento que "irá aumentar tudo o que mexe do ponto de vista dos impostos indiretos, incluindo o sal e o açúcar" e que as propostas de alteração que o partido tenciona apresentar vão no sentido de aliviar a carga fiscal de impostos indiretos que "está a tornar-se persecutória para a classe média".
Para o PS, segue a acusação de que "está refém das clientelas do PCP e do BE", diz o líder da bancada centrista.
Nuno Magalhães garante que o CDS "está a fazer o seu trabalho" na oposição, fiscalizando e apresentando propostas, nas áreas sociais, como a Educação, com debate marcado para o dia 6 de outubro.
Questionado sobre se o Presidente da República estará a ser "demasiado cooperante" com o Governo, Nuno Magalhães diz que "cabe à oposição fazer o seu trabalho. Dizer o que vai mal mas apresentar propostas. Não creio que a oposição deva esperar que sejam outros a fazer o seu trabalho".
Agora na oposição, CDS e PSD mantém uma "lealdade irrepreensível", garante Magalhães, que diz "não ter motivos para esperar que assim não continue a ser" mesmo depois da apresentação da candidatura de Assunção Cristas à Câmara Municipal de Lisboa.