CDS quer ouvir ministro da Defesa e um dos arguidos de Tancos no inquérito parlamentar
Nuno Magalhães separa a justiça da política mas vai questionar diretamente o ministro sobre o "grau de conhecimento e de envolvimento" na questão de Tancos, antes e depois da recuperação das armas.
Corpo do artigo
Ainda estava fresca a notícia de que o ministro da Defesa teria sido informado sobrea "encenação" do aparecimento de armas na Chamusca, quando o CDS chamou os jornalistas para dizer que separa "o que é da justiça do que é da política".
Nuno Magalhães, líder parlamentar, remete para a Justiça, o alegado depoimento de Vasco Brazão ao tribunal, em que o investigador da Polícia Judiciária Militar (PJM) garantiu que, no final do ano passado, já depois da recuperação das armas, deu conhecimento ao ministro da encenação contada em conjunto com a GNR de Loulé.
"O que nos interessa são as declarações de Vasco Brazão e do Sr. ministro da Defesa Nacional, na comissão de inquérito. Aquilo que nos interessa são as declarações quer de um, quer de outro, porque o CDS requererá a presença deles, farão aqui no Parlamento", precisou Nuno Magalhães.
"Iremos questionar diretamente o ministro da Defesa e não só sobre o grau de conhecimento e envolvimento quer na questão do furto de Tancos, na sua gestão, quer depois na recuperação desse mesmo material. Quer do ministro, quer do Governo."
O CDS mantém que Azeredo Lopes não tem condições para permanecer no cargo.
A proposta do CDS para que seja criada uma comissão parlamentar de inquérito ao caso de Tancos, apesar de críticas do PS e da esquerda, merece um consenso entre partidos e deverá ser debatida a 24 de outubro.