"Dificuldades, conflitualidades" e "defeitos" ditaram demissão na Proteção Civil
No programa da TSF "Almoços Grátis", Carlos César diz que esta demissão foi melhor agora do que num eventual período mais crítico.
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O líder parlamentar do Partido Socialista (PS) lamenta a demissão do coronel António Paixão do cargo de Comandante Operacional Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), mas assume que podia ser inevitável.
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"O que existiu foi uma dificuldade superveniente por parte do presidente da Proteção Civil no plano do relacionamento, no plano da autoridade, no plano da coordenação com outras entidades", justificou.
"Quando escolhermos pessoas para exercer determinados cargos estas podem ter qualidades que não sabíamos que tínhamos e podem ter defeitos que também não nos tínhamos apercebido".
Tendo em conta as conflitualidades que surgiram, para Carlos César até foi melhor que a demissão acontecesse agora do que num "período mais crítico", como no verão, durante a fase dos incêndios, por exemplo,
"Mais valia que ele tivesse feito o que fez agora do que se observassem estas conflitualidades e estes problemas quando as questões tivessem mais acesas e fossem mais importantes", defendeu.
A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira a realização de uma audição parlamentar urgente a António Paixão para esclarecer a demissão, a pedido do PSD e CDS-PP através de requerimentos também hoje aprovados no parlamento.
António Paixão estava no cargo há cinco meses e pediu esta segunda-feira a sua "exoneração do cargo por motivos pessoais", segundo o Ministério da Administração Interna.
Entretanto, o coronel José Manuel Duarte da Costa foi designado na segunda-feira pelo secretário de Estado da Proteção Civil para exercer as funções de Comandante Operacional Nacional do Comando Nacional de Operações e Socorros da ANPC.
Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues