O Candidato do Bloco de Esquerda lembra que a Câmara Municipal de Lisboa concessionou a privados, por 30 anos e para fins turísticos, cinco espaços dentro do Parque de Monsanto.
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A candidatura do Bloco de Esquerda fala em falta de transparência e em negócio lesivo para a cidade. "Aqui é a Quinta da Pimenteira. O Moinho do Penedo é ali em cima...", diz aos jornalistas Ricardo Robles, candidato a Lisboa pelo Bloco, com o mapa na mão, explicando o que está previsto para a zona de Monsanto.
O Candidato do Bloco de Esquerda lembra que a Câmara Municipal de Lisboa concessionou a privados, por 30 anos e para fins turísticos, cinco espaços dentro do Parque de Monsanto. Entre eles a Quinta da Pimenteira, que inclui um lote de terreno de 53 mil metros quadrados e uma vivenda com piscina, residência oficial do presidente da câmara. Por tudo isto a empresa concessionária paga apenas 2600 euros por mês.
O Bloco considera que em todo este processo houve falta de transparência. "Sendo que nos três primeiros anos, e ainda estamos nesses período, a entidade a quem foi concessionado tudo isto só paga mil euros por mês." O candidato salienta que todo o espaço é mais barato do que um T2 na zona central de Lisboa, por isso "o negócio é difícil de perceber".
A acrescentar a tudo isto, Ricardo Robles estranha a forma como apareceu a empresa ganhadora da concessão. "Foi constituída a 15 dias antes do final do concurso e com um capital social de 100 euros, quando um dos critérios no concurso era a robustez financeira do projeto", explica. Ricardo Robles considera este um negócio lesivo para a cidade de Lisboa e uma má gestão do património Municipal.
Na Quinta da Pimenteira vai ser construída uma unidade hoteleira e na casa do presidente será instalado um hostel. "É tão absurdo como o presidente Marcelo Rebelo de Sousa concessionar o Palácio de Belém a um hotel de charme", ironiza. "A casa do presidente da câmara vai ter uma placa a dizer "Alojamento Turístico", o que, segundo o candidato do BE, é sinónimo de que para Fernando Medina "não há nenhuma regra" quando é o turismo que está em causa.
Ricardo Robles insiste que enquanto deputado na Assembleia Municipal não obteve explicações do atual presidente de câmara e candidato do PS, mas promete não deixar cair o assunto se for eleito como vereador.