
Paulo Novais/Lusa (arquivo)
"Os últimos anos ilustraram, em muitos dos nossos países, os efeitos das alterações climáticas", disse o primeiro-ministro
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O primeiro-ministro pediu esta quinta-feira, perante os líderes mundiais presentes na Cimeira do Clima, ações concretas contra os efeitos das alterações climáticas já sentidas em Portugal e no mundo.
"Os últimos anos ilustraram, em muitos dos nossos países, os efeitos das alterações climáticas. Portugal tem sido disso um exemplo, com ondas de calor extremo e incêndios florestais a que se sucedem períodos de grandes chuvas", frisou Luís Montenegro, durante a sua intervenção na sessão plenária da cimeira de líderes que antecede a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), de 10 a 21 de novembro, também em Belém.
Por essa razão, sublinhou, é necessária uma resposta "coletiva, coordenada e sustentada".
"É também por isso que a COP de Belém é tão importante. Porque nos convida à reflexão acerca do que foi alcançado na última década, mas essencialmente porque nos convoca à ação", afirmou Luís Montenegro, acrescentando que espera que da COP30 saia um "pacote ambicioso e coerente" sobre "mitigação, adaptação e financiamento".
Montenegro espera que das discussões saia "um acordo sobre um conjunto robusto de indicadores globais de adaptação", mas também a criação "de uma arquitetura global coerente para a adaptação, incluindo todo o seu ciclo: monitorização, implementação e financiamento efetivos".
A cidade amazónica de Belém, fundada pelos portugueses a 12 de janeiro de 1616, reúne entre hoje e sexta-feira delegações de 143 países, das quais pouco mais de um terço serão chefiadas pelos respetivos líderes nacionais, com a ausência confirmada dos três líderes dos países mais poluidores do mundo (China, Estados Unidos e Índia).
Convocado pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, o encontro é visto pela diplomacia brasileira como um marco central no processo de mobilização e diálogo internacional sobre a agenda climática.
