Isaltino Morais não aceita a rejeição do tribunal de Oeiras da sua lista à Câmara de Oeiras e diz que vai recorrer da decisão.
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Isaltino de Morais garantiu esta terça-feira que a sua candidatura respeitou escrupulosamente a lei "ao seu mais ínfimo pormenor", não aceitando a rejeição do tribunal de Oeiras da sua lista à Câmara de Oeiras, invocando um problema com assinaturas.
O candidato independente sublinhou que foi respeitada "escrupulosamente a lei, ao seu mais ínfimo pormenor" e considerou, por isso, "estranho que tenha sido rejeitada".
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O ex-autarca explicou em conferência de imprensa, realizada em Linda-a-Velha, que os subscritores da candidatura Isaltino - Inovar Oeiras de Volta foram "informados inequivocamente" sobre a lista que propuseram, caindo assim, por terra, os argumentos invocados pelo tribunal para rejeitar a proposta eleitoral.
Questionado pela TSF, Isaltino Morais colocou também em causa a imparcialidade do juiz Nuno Cardoso, que assina o despacho do tribunal, fazendo alusão a relações familiares com o candidato, e presidente da Câmara de Oeiras em exercício, Paulo Vistas.
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"Não quero acreditar que esta decisão, de alguma forma esteja viciada pelo facto de haver uma relação de amizade ou familiar entre o juiz e o próprio presidente da câmara", adiantou Isaltino Morais. "É estranho. Cumprimos a lei e somos os únicos que somos afetados".
Contactada pela TSF, a candidatura de Paulo Vistas não quis fazer qualquer comentário às declarações de Isaltino Morais.
O antigo presidente da Câmara de Oeiras pretende recandidatar-se à presidência do município nas eleições autárquicas de 01 outubro como independente.
O ex-autarca, que esteve à frente da Câmara de Oeiras durante mais de duas décadas (primeiro pelo PSD e depois como independente), abandonou o executivo quando foi detido, a 24 de abril de 2013, para cumprir dois anos de pena de prisão, por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Um ano depois, a 24 de junho de 2014, Isaltino Morais saiu em liberdade condicional para cumprir o resto da pena em casa e, em 2015, publicou um livro a contar a sua experiência na prisão, excluindo a possibilidade de regressar à vida política.