Demissão do diretor de Cibersegurança não foi por falta de verbas, diz ministra

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, discursa durante a cerimónia de assinatura de protocolos de constituição de Espaços Empresa com os municípios Abrantes, Albufeira, Ansião, Beja, Bragança, Castelo Branco, Famalicão, Fundão, Guarda, Guimarães, Lagos, Oliveira do Barro, Ourém, Paços de Ferreira, Portalegre, Santarém, São João da Madeira, Tavira, Tondela, Valongo, Viana do Castelo e Vila Real e com a Comunidade Intermunicipal do Oeste, com sede nas Caldas da Rainha, 09 de abril de 2018. CARLOS BARROSO/LUSA
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Maria Manuel Leitão Marques nega que tenha sido a falta de verbas a ditar a demissão de Pedro Veiga. À TSF, o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança diz que sai porque o ministro da Ciência "prometeu e não cumpriu".
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A ministra da Presidência afirmou esta quinta-feira que a demissão de Pedro Veiga de coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) não foi por razões relacionadas com esta entidade e elogiou o trabalho que desenvolveu enquanto esteve no cargo.
Questionada no final do briefing do Conselho de Ministros sobre os motivos da demissão, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, fez "elogios ao professor Pedro Veiga sobre o trabalho desenvolvido" enquanto coordenador do CNCS.
Segundo Maria Manuel Leitão Marques, a demissão não foi "por razões que tenham a ver com o Centro Nacional de Cibersegurança".
A demissão de Pedro Veiga tinha sido confirmada à Lusa, na quarta-feira, pelo gabinete da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.
Questionada sobre a notícia desta quinta-feira do Diário de Notícias que refere que a demissão de Pedro Veiga foi motivada pela falta de verbas, Maria Manuel Leitão Marques disse não pensar que seja essa a razão na origem da saída do coordenador.
"Naturalmente todos nós gostaríamos de ter mais recursos e aproveito que está aqui o senhor ministro das Finanças ao lado. Todos nós gostaríamos de ter mais recursos para todos os nossos serviços e acho que posso falar em nome de todos os ministros, incluindo do ministro das Finanças", observou.
Sobre o nome do substituto de Pedro Veiga, a governante adiantou que irá "ser conhecido em breve" e "quando for possível", ressalvando, contudo, que o trabalho não está em causa.
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa recordou que "este ano houve um aumento de 20% nos recursos humanos do Centro Nacional de Cibersegurança".
"A questão da cibersegurança é uma questão que nos preocupa a todos, que vai exigir mais investimento e, sobretudo, mais atenção, não apenas reforçando o Centro Nacional de Cibersegurança, mas em todos os sistemas de informação que temos a funcionar e em que precisamos de ter atenção à prevenção de acidentes neste domínio", sustentou.
Na quarta-feira, a ministra da Presidência já havia agradecido "o contributo inestimável de Pedro Veiga para o trabalho nesta área, ao longo destes dois anos".