Carlos César pede aos sociais-democratas que não usem o PS como arma de arremesso na sua guerra interna. E fala do potencial regresso de um combatente caído no passado: Passos Coelho.
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O PSD está a assistir a uma "ressurreição dos defuntos", ironizou Carlos César no programa "Almoços Grátis" desta quarta-feira.
A atual crise interna "não é apenas uma luta entre Luís Montenegro e Rui Rio", defende. "É também uma antecipação por parte de Luís Montenegro em relação a outros candidatos à liderança do PSD que se opõem a Rui Rio, ou que se pretendiam candidatar na sequencia de eleições legislativas." Incluindo Passos Coelho, afirma o socialista.
Hugo Soares desmente. A ideia de que o ex-líder do PSD esteja interessado em regressar à liderança do partido "é completamente original."
"Nunca ouvi essa tese, mas pode dar jeito a Carlos César lançar essa discussão", acusou o social-democrata.
"É um dos maiores mitos urbanos criados na sociedade portuguesa e assenta, basicamente, no facto de eu e o Dr. Rui Rio nos darmos bem porque nos conhecemos na Assembleia, onde tivemos relações cordiais, e depois durante vários anos coincidimos: eu enquanto presidente da câmara de Lisboa e ele como presidente da câmara do Porto", disse António Costa.
Foi a primeira vez que o chefe de governo se manifestou sobre a crise no PSD, nota Hugo Soares, "quando sabe que um conjunto muito grande de pessoas considera que Rui Rio tem funcionado como uma espécie de muleta do Partido Socialista".
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"O PS é razoavelmente indiferente a esta polémica", assegura o socialista. A única coisa que interessa é "a avaliação que os portugueses fizerem do PS e do Governo na última legislatura".
Prefere a oposição de Luís Montenegro à oposição de Rui Rio? "Tanto me faz", assegura. Até podia vir mesmo Passos Coelho.
Com Nuno Domingues e Anselmo Crespo