O Presidente da República reitera o pedido de mais esclarecimentos sobre o furto de material de guerra.
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Marcelo Rebelo de Sousa recusou não comentar relatórios confidenciais, mas reafirma que os portugueses querem saber a verdade sobre Tancos.
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"O que digo sobre esse caso é sempre o mesmo: os portugueses esperam e o Presidente da República espera que haja o apuramento de uma realidade que é muito importante", afirmou.
À margem da "Festa do Outono" em Serralves, no Porto, o Presidente da República respondia assim ao notícia de um "relatório das secretas sobre Tancos" que "arrasa ministro e militares", avançada este sábado pelo semanário Expresso.
De acordo com o jornal, a gestão do titular da pasta da Defesa, Azeredo Lopes, foi de "ligeireza, quase imprudente" e que o General Rovisco Duarte, Chefe do Estado-Maior do Exército, assumiu a responsabilidade mas "não terá tirado consequências".
Na terça-feira, ouvido num debate de atualidade na Assembleia da República sobre o caso do material militar de Tancos, o ministro da Defesa revelou que foram abertos três processos disciplinares no Exército e que no dia 14 começou o esvaziamento dos paióis, com a colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Azeredo Lopes sustentou que o Governo "fez o que devia ser feito e num tempo muito curto", sem responder a perguntas dos deputados para que esclarecesse a afirmação, feita em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, de que, "no limite, pode não ter havido furto nenhum" em Tancos, aludindo à ausência de provas.
Face às perguntas dos deputados do PSD e do CDS-PP sobre "o que se sabe e o que não se sabe" relativamente ao "furto de material militar" em Tancos, o ministro insistiu que "são do domínio da autoridade judiciária competente", salientando que "o inquérito se encontra em segredo de justiça".