A visita de Estado a Cabo Verde começa com uma passagem por uma pastelaria e padaria portuguesa. A TSF foi até lá e falou com o homem que quer pôr Marcelo a comer pastéis de nata cabo-verdianos.
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A sociedade responsável pela padaria "Pão Quente" começou com uma experiência na Venezuela, mas a "crise" que se faz sentir no país sul-americano levou a uma aposta, há cerca de dez anos, no mercado cabo-verdiano, fazendo desta empresa um dos casos de sucesso de empresas nacionais em Cabo Verde.
"Cabo Verde, em 2004, não tinha este conceito de negócio, tinha uma pastelaria praticamente inexistente, não havia hábitos de cafetaria e, portanto, havia aqui uma oportunidade de negócio interessante", diz Manuel Araújo, o diretor-geral da empresa que, desde 2006 até agora, conta com sete unidades na Ilha de Santiago, emprega "cerca de 280 pessoas" e apresenta um "volume de negócios agregado superior a seis milhões de euros por ano".
Números que não passaram despercebidos a Marcelo Rebelo de Sousa e à comitiva presidencial que, empenhada em divulgar alguns exemplos de sucesso e o contributo de pequenos e médios empresários nacionais para as economias fora do território português, começa a visita de Estado a Cabo Verde com uma passagem pela padaria.
"Já por aqui passaram muitas figuras do Estado português, mas nunca nenhuma se lembrou - ou teve oportunidade - de vir aqui. Por isso apreciamos o gesto do presidente e é com muita honra que o vamos receber", diz Manuel Araújo, que deixa um desafio a Marcelo: "Alguns portugueses dizem-nos que os nossos pastéis de nata chegam a ser melhores que os de Belém. Eu gostava que o presidente provasse o nosso pastel de nata".