Até ao final da legislatura, a questão das rendas no setor energético não vai voltar a ser discutida pelo Governo.
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O Governo não tenciona alargar aos produtores de energias renováveis a Contribuição Extraordinária sobre o setor elétrico até ao final da legislatura, nem o assunto voltará à discussão, sabe a TSF.
Cai assim, de vez, a aplicação de uma taxa às empresas de energias renováveis proposta pelo Bloco de Esquerda, chumbada pelo PS esta terça-feira, em plenário, depois de ter passado na votação da especialidade.
Ao contrário do que admitia esta manhã o socialista Luís Testa, em declarações no Fórum TSF, o tema não vai voltar a ser discutido.
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O deputado do PS respondia assim a Jorge Gomes, a propósito da intenção do Bloco de Esquerda de, em negociações futuras, "voltar ao tema das rendas excessivas".
PS justifica recuo
A propósito do recuo do PS, uma fonte do gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares informou entretanto que o Bloco de Esquerda apresentou uma primeira proposta e que a indicação dada pelo PS foi de voto contra.
No entanto, na quinta-feira da semana passada, o BE substituiu a proposta original pela que foi apresentada na votação da especialidade, e que estava articulada com alguns membros do Governo.
O PS votou num primeiro momento a favor para não prejudicar esta nova proposta, mas sujeitou-a a uma segunda leitura.
Foi perante a reflexão feita que o Governo concluiu que a proposta do BE tinha um grande potencial de litigância e por isso a decidiu chumbar, considerando que esta não era a altura certa para aplicação desta taxa, justifica a mesma fonte.