Marcelo já conhece problemas dos camionistas e tem "ideias" para ouvir outros setores
Foram 300 km de Lisboa até ao Porto que, espremidos, identificaram dois principais problemas: a idade da reforma e a questão das cargas e descargas. Agora, é "organizar ideias" para conhecer os de outros setores.
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Terminada a viagem do Presidente da República "à pendura" num camião, Marcelo Rebelo de Sousa já deu a conhecer as duas principais conclusões a que chegou: a idade da reforma para os motoristas de pesados devia ser mais baixa e quem conduz os camiões não devia ser responsável por também fazer cargas e descargas. A viagem entre Lisboa e Porto permitiu a Marcelo ver e ouvir, ao vivo, os problemas dos camionistas. À chegada, na portagem dos Carvalhos - já no Grande Porto - o chefe de Estado fez um balanço da viagem.
Começando pela questão da idade da reforma, os 65 anos, Marcelo relembra que a mesma constitui "uma brutalidade em termos de desgaste físico", isto porque isso constitui "muitas décadas de serviço". Em conversa com os motoristas, o Presidente da República considerou que podia ser diminuída para os 60 anos, podendo "quem quisesse e estivesse em condições" continuar a trabalhar.
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Sobre a questão das cargas e descargas, Marcelo lembra que este é um problema recente: "hoje, ao contrário do que acontecia no passado, os motoristas - que têm uma formação e especialização de condução - fazem carga e descarga. É uma atividade que antigamente não lhes pertencia".
Identificados os dois principais problemas, o Presidente da República não quis também deixar de parte o problema do "piso nalgumas estradas nacionais e o problema das bermas."
Agora, e dado este "passo importante que é o comum dos portugueses começar a perceber alguma coisa de um problema" que o próprio não conhecia, Marcelo Rebelo de Sousa compromete-se a levá-los aos que podem estar relacionados com esta matéria. "Empregadores, por um lado, e autoridades" - sendo elas o Governo e as autoridades administrativas - para que reflitam sobre os dois principais problemas identificados.
Porque nem só os camionistas têm problemas, o Presidente da República garante estar atento a outros grupos profissionais. No final da viagem, admitiu mesmo que está a organizar ideias para dar sequência a mais iniciativas deste género com outros profissionais.
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"Já andei de metropolitano desde que sou Presidente, mas vou andar - oportunamente - com especial atenção a alguns problemas", começou por explicar. Os comboios - onde já andou "discretamente"-, as questões da saúde, em especial dos enfermeiros, que são "as mais fáceis de conhecer" são algumas das áreas cujos problemas vai tentar conhecer melhor, sem esquecer "os menos fáceis." Para já, o presidente vai "organizar ideias".
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