Moção do CDS. PSD apenas se compromete em continuar a "denunciar a má governação"
O líder da bancada parlamentar do PSD respondeu à moção apresentada por Assunção Cristas, mas não revelou se os social-democratas vão votar ou não ao lado dos centristas.
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Fernando Negrão reagiu à moção de censura do CDS ao Governo mas não se comprometei com um sentido de voto para a próxima quarta-feira.
Em resposta enviada aos jornalistas, o líder parlamentar do PSD reiterou que "existem muitos motivos para criticar o Governo, os que foram anunciados e muitos outros" e acusou o Executivo de Costa de estar a "desfazer os serviços públicos, pondo em causa a coesão social".
"Embora a meses de eleições, o PSD participará no debate e continuará a denunciar a má governação de que o país e os portugueses têm sido vítimas", reforçou Fernando Negrão, sem dar uma resposta concreta ao desafio deixado pelo CDS de deixar cair o Governo.
Cristas desafiou PSD a votar contra Governo
Na véspera de duas convenções do PS e dos PSD, Assunção Cristas avança com uma moção de censura que pretende ser clarificadora, numa altura em que lançou um desafio ao PSD.
"Este é um momento de clarificação para todas as forças partidárias do Parlamento", referindo-se aos "apoiantes de sempre do Governo, PCP e BE, que ora apoiam o Governo ora fazem oposição e que terão uma oportunidade para explicar de que lado é que estão" e também ao PSD que terá "oportunidade de se juntar ao CDS nesta moção de censura".
"Cada um fará a sua análise", alerta, desafiando o partido de Rui Rio. "O CDS tem liderado a oposição ao Governo das esquerdas unidas e continuará a liderar" e Cristas acredita que este é um "momento oportuno", até para que se juntem eleições Legislativas às Europeias.
Questionada sobre o facto de Marcelo Rebelo de Sousa ter defendido a estabilidade até ao final da legislatura, Cristas assegurou que informou o Presidente da República desta decisão "antes de dar nota pública" da moção de censura.
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