O eurodeputado social-democrata respondeu à questão da moção de censura do CDS com a defesa da génese do PSD e dando a entender que não está ao lado dos centristas.
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À chegada ao Europarque de Santa Maria da Feira, após a pausa para almoço, e questionado sobre a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS, Paulo Rangel garantiu que o PSD não é um partido de protesto e defendeu que "as ações ficam com quem as faz".
"Há uma coisa que nós sabemos, o PSD é um partido que está na oposição, [um partido] responsável, mas é um partido com vocação de Governo natural e que não é um partido de protesto", garantiu o eurodeputado, frisando que não se vai focar na moção de censura apresentada pelos centristas.
O cabeça de lista do PSD às próximas eleições Europeias prometeu ainda comentar os nomes escolhidos por António Costa quando a lista socialista for anunciada, mas aproveitou para criticar o primeiro-ministro pela escolha de ministros para ir para Bruxelas.
"Ainda vai ser anunciado e quando for anunciado estarei aqui para responder", revelou o social-democrata, recordando que a única coisa que o primeiro-ministro disse "é algo que eu já tinha dito a todos, que houve uma usurpação de função, aproveitamento de cargos, para fazer uma pré-campanha".
Paulo Rangel acredita que "se os ministros têm de sair para começar uma campanha é porque há uma má consciência", revelando que "já valeu a pena o primeiro desafio" que fez.
"Vai haver uma remodelação por causa do desafio que o PSD fez, por causa do aproveitamento indevido de um cargo para fazer propaganda eleitoral e para lançar pessoas que não tinham notoriedade nem reconhecimento e tentar-lhes dar essa notoriedade e reconhecimento que não tinham", acusa.
Rangel parte amanhã para a Venezuela com outros eurodeputados do PPE e salientou que está atento "aos problemas das pessoas".
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