Vieira da Silva é visto por Francisco Van Zeller e Carvalho da Silva como a esperança para a reunião de amanhã.
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Francisco Van Zeller e Carvalho da Silva têm opiniões divergentes sobre o que valem as reuniões da concertação social, a começar pelo encontro de amanhã. Van Zeller, ex-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), considera-o inquinado à partida. "O governo não vai lá para discutir", adverte "leva uma ideia já feita: a subida do salário mínimo para 600 euros". Para o empresário, tudo isto torna a reunião falsa. Para o empresário, os patrões vão ficar numa situação mais fragilizada durante a vigência deste governo.
O ex-sindicalista Carvalho da Silva tem uma opinião contrária. Estes encontros são importantes só até certo ponto porque cabem ao governo, e em última instância ao Parlamento, as decisões. "Há certos setores patronais mais conservadores, que sempre viram na concertação social um espaço onde, em regra, as posições são mais favoráveis aos patrões".
Curiosamente, o único ponto em que os dois convergem é na esperança de uma boa mediação do ministro Vieira da Silva.
Van Zeller diz que o ministro do trabalho "é o único que poderá defender os patrões da CGTP" e Carvalho da Silva espera que Vieira da Silva "seja capaz de introduzir dinâmicas novas". É preciso acabar com o "choradinho de alguns que afirmam estarmos no tempo do PREC", concluiu.