"Não tenciono ter mais nenhuma reunião com o PS. Já tive duas e não tenciono ter mais reuniões a fazer de conta", afirmou Pedro Passos Coelho à saída da concertação social.
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Pedro Passos Coelho afirma que, embora respeitando as competências do Presidente da República, espera que "a coligação seja chamada a formar governo" e ele próprio "indigitado para primeiro-ministro".
No final de um encontro com os parceiros sociais, a propósito do Conselho Europeu desta quinta-feira, sublinhou que "é tempo de dizer, de forma audível, que o PS perdeu as eleições" e que, por isso, "cabe-lhe encarar com humildade o resultado" da votação.
Depois da reunião de ontem, que considerou "absolutamente improdutiva", o presidente do PSD disse que já teve "duas reuniões com o PS e não tenciono ter mais nenhuma" para "fazer de conta ou simular" que procuram um "resultado" para o qual os socialistas não deram "nenhum contributo".
Pedro Passos Coelho salientou que não vai "governar, com certeza, com o programa do Partido Socialista", nem "sujeitar o país a uma espécie de chantagem política" em que "quem perdeu impõe condições a quem ganhou". Portanto, não aceita que Portugal "fique refém de um jogo político-partidário".
O líder da PàF espera também que os resultados dos círculos da emigração, esperados para ainda hoje, confirmem a vitória da aliança PSD/CDS.