Na véspera da discussão da moção de censura ao Executivo, a líder do CDS, Assunção Cristas, insiste que o "Governo está verdadeiramente esgotado".
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Pelo CDS-PP, o país iria já para eleições legislativas.
A líder dos centristas, Assunção Cristas, assumiu que era esse o resultado que gostaria de obter com a moção de censura que será debatida esta quarta-feira.
"Se as esquerdas fossem consistentes com aquilo que têm dito todos os dias, então, ou votariam esta moção ou apresentaria uma moção alternativa à do CDS, mas com o mesmo efeito, que seria o de derrubar o Governo", referiu Assunção Cristas à margem de um almoço da Associação Amizade Portugal-EUA, em Lisboa.
"Para mim, o mais escandaloso neste momento é haver um Governo que não governa, que está transformado numa direção de campanha do partido socialista, um Governo que tem uma deriva ideológica à esquerda, que é muito visível, por exemplo, no serviço nacional de saúde ou no esvaziamento da ADSE, um governo que é incapaz de manter um diálogo social produtivo e portanto, que não é capaz de negociar e de governar. Um Governo que está verdadeiramente esgotado", acrescentou.
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Assunção Cristas acusa OCDE de não conhecer realidade portuguesa
A líder do CDS aproveitou ainda para falar sobre o relatório da OCDE, que sugere também aumentos na tributação sobre o gasóleo, carvão e gás natural.
Assunção Cristas acusa a organização de não conhecer bem a realidade portuguesa ou não defenderia uma descida no preço do gasóleo.
"Se calhar a OCDE não sabe que há muitas zonas do país em que a única forma que as pessoas têm para se deslocar para trabalhar é pegarem no seu carro ou irem com um vizinho. E também, talvez a OCDE não se lembre que o salário médio, em Portugal, está muito abaixo da média da OCDE. Também por isso, aquilo que custa a pagar um litro de gasóleo em Portugal não é o mesmo que custa a pagar em França, na Alemanha ou em Espanha", concluiu.
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