À chegada à Cidade da Praia, o Presidente da República admitiu que os dois países podem encontrar uma solução bilateral para a isenção de vistos à margem da CPLP.
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O Presidente da República diz que Portugal e Cabo Verde continuam a trabalhar sobre a hipótese de um acordo de livre circulação entre os dois países, admitindo uma solução bilateral para a isenção de vistos à margem da CPLP. Marcelo Rebelo de Sousa chegou este sábado à noite à capital cabo-verdiana onde inicia este domingo o primeiro de três dias da visita de Estado.
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À chegada, juntamente com o Presidente de Cabo Verde, Marcelo Rebelo de Sousa não se comprometeu com uma decisão, mas diz que os dois países estão a trabalhar sobre o assunto.
"Sabemos que é um tema para ser discutido com todos os membros, mas que demora tempo, porque é complexo, mas tem havido trabalho dos dois governos, dos dois países, para se poder avançar relativamente a eles. Há um documento de trabalho bastante pormenorizado envolvendo Cabo Verde e Portugal e nesse sentido tem razão: pode acontecer que se vá dando passos entre os dois países antes de se dar passos com outros países da CPLP", afirmou o Presidente da República.
Já na Cidade da Praia, a capital do país, o Presidente da República disse ainda esperar que a visita oficial de três dias seja repleta de afetos, à imagem da relação de amizade - de longa data - entre os presidentes português e cabo-verdiano.
"O que se passou - e se passa connosco - passa-se entre os dois povos. Portanto, eu espero uma visita muito calorosa, muito afetiva, muito intensa", sublinhou.
Na visita, o Chefe do Estado estará acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e por deputados representantes dos vários grupos parlamentares, com exceção do PAN. Este domingo Marcelo Rebelo de Sousa começa o dia numa padaria portuguesa e segue depois para a ilha do Fogo, numa visita de Estado que, até terça-feira, tem apostas bem definidas pela presidência portuguesa.
"Há a componente educação, económica, social e obviamente a política", disse.
Ainda antes das palavras do presidente da República, também Jorge Carlos Fonseca, chefe de Estado de Cabo Verde, elevou a fasquia em relação à visita, esperando que "represente um selo num relacionamento excelente entre Cabo Verde e Portugal" e que possa servir para reforçar aquilo que considerou ser "uma cooperação cada vez mais diversificada, mais alargada".
"Que reflita a excelência desse relacionamento que existe há muito tempo", concluiu.