"Não é isso que as pessoas esperam", reiterou António Costa à sua chegada a Coimbra para participar na Comissão Nacional do Partido Socialista, esta tarde no Convento de São Francisco.
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O que se espera agora, depois de conhecidas as recomendações técnicas do relatório independente, é que estas recomendações "tenham execução prática e se traduzam numa melhoria no nosso sistema de prevenção e de combate aos incêndios", acrescentando o Primeiro-ministro "que as responsabilidades concretas que sejam individualizáveis e possam ser apuradas", sem desvalorizar a investigação que compete ao ministério público.
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Quanto a uma possível consequência política, mesmo sem a saída da ministra, António Costa remete para o Conselho de Ministros extraordinário, que decorre no próximo sábado. "No próximo sábado há conselho de ministros extraordinário especificamente para analisar o relatório e o governo tomará as medidas que devem ser tomadas. O governo agora tem de dar execução às recomendações desta comissão técnica independente", afirma.
Em relação às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro refere que o que o PR reiterou foi que "é fundamental tirar todas as ilações que há a retirar". E para isso, Costa sublinha que "temos de prosseguir com maturidade democrática o que iniciámos bem", tendo valorizado a criação desta comissão independente, pela sua competência científica e pelo facto de ter sido criada com base no consenso de todos os partidos políticos.
O principal, segundo o Chefe de Governo, é honrar "a memória dos que faleceram e mostrarmos respeito pelos que foram ameaçados pelo fogo", daí que seja necessário "retirar todas as ilações".