PSD ou PS, a quem se destina o aviso de Marcelo contra "ímpetos eleitoralistas"?

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No programa da TSF "Almoços Grátis", Carlos César e Luís Montenegro discutiram os recados de Marcelo Rebelo de Sousa para 2018.
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Ao promulgar o Orçamento do Estado para 2018, o Presidente da República deixou quatro "chamadas de atenção", entre elas: "A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos".
Se para Luís Montenegro Marcelo Rebelo de Sousa "fez bem em deixar esse apelo, porque já sabe o que é que a casa gasta, o que é o Partido Socialista em vésperas de eleições", Carlos César faz uma leitura diferente das mesmas palavras.
O Presidente "tem razão em relação a alguns ímpetos ou tentações eleitoralistas que caracterizam sempre a fase final das legislaturas, mas eu, com muita franqueza, não senti que esse fosse um recado ao Partido Socialista, achei que era mais um recado para o PSD ou o CDS".
Para o socialista, "se há um acontecimento em 2017 que ocorreria com 100% de certeza era assinatura do Presidente da República a este Orçamento do Estado. Nem o mais intrépido adversário do Governo compreenderia uma boa razão para que não fosse promulgado".
Este é, reforça, Carlos César no programa da TSF "Almoços Grátis", um "voto de confiança no Governo e na politica orçamental".
Por outro lado, "o PSD e o CDS foram avisados pelo Presidente da República para não embarcarem em propostas aventureiristas e arriscadas", considera.
Luís Montenegro diverge naquele que considera ser o "recado maior para o Governo e para os agentes políticos para o próximo ano".
"Deixem de fazer reversões, deixem de estar de quatro em quatro anos a mudar o principal do funcionamento dos sistemas públicos, deixem de alterar as principais políticas públicas porque isso prejudica a obtenção de resultados."