Rio apela ao consenso sobre a idade da reforma e pede debate sobre a Segurança Social
Líder social-democrata pede que, a partir de janeiro, se debata uma "reforma a sério" da Segurança Social.
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O presidente do PSD, Rui Rio, defende que fazer alterações na Segurança Social não pode ser um expediente avulso, feito ao sabor de quem, a cada momento, está no poder.
O líder dos social-democratas reagiu assim, na tarde desta terça-feira, ao estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que indica a necessidade de aumentar a idade da reforma até aos 69 anos e no qual são apresentadas propostas para garantir a sustentabilidade da Segurança Social.
O estudo revela que os défices serão permanentes a partir de 2027 e que, para travar essa situação, é necessário aumentar a idade da reforma para os 69 anos e 5 meses.
Perante estes dados, Rio apela ao consenso entre os vários partidos sobre a Segurança Social e a sua sustentabilidade e sobre a hipótese de aumentar a idade da reforma em três anos e diz ainda que não dispõe de dados que lhe permitam dar uma opinião de forma tão rápida.
"Tem componentes técnicas que eu não posso - assim, levianamente - dizer que o que são. Todos sabemos uma coisa: temos a demografia como temos, com uma população cada vez mais idosa e, portanto, em idade de reforma, e temos uma população ativa cada vez mais pequena, que é quem trabalha e desconta para pagar as reformas dos mais velhos", admitiu.
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Além destes aspetos, e ligando o tema ao dos custos da Saúde, Rio lembra que a população "mais envelhecida gasta mais" em cuidados médicos.
"É um problema sério que o país tem em relação ao futuro e eu não posso estar descansado porque a mim não me toca - pelo menos no imediato - mas vai tocar no futuro a outros portugueses", defende o líder social-democrata.
Assim, Rio apela à responsabilidade para que exista "diálogo entre partidos" que permita, a partir de janeiro, "uma reforma a sério da Segurança Social".
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