Rio deve convidar Montenegro a falar no Congresso Nacional. Seria "um gesto democrático"
"O PSD não é um partido estalinista", defende Paula Teixeira da Cruz. Por isso, diz, quando esta quinta-feira o Conselho Nacional votar a moção de confiança à direção de Rui Rio o voto terá de ser secreto.
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Paula Teixeira da Cruz desafiou Rui Rio a convidar Luís Montenegro a falar no Congresso Nacional, onde este não tem assento nem como membro nem como participante.
Almeida Henriques, que faz da mesa do Conselho Nacional, já fez um requerimento a Paulo Mota Pinto nesse sentido , mas social-democrata, apoiante de Luís Montenegro, gostava de ver o presidente do partido tomar a iniciativa.
"Fazer esse convite seria um gesto de democracia e liberdade", defendeu Paula Teixeira da Cruz, entrevistada por Fernando Alves na manhã TSF.
A propósito do método de votação - voto secreto, braço no ar ou votação nominal - a ex-ministra defende que não há lugar para dúvidas: o voto tem de ser secreto.
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"Os estatutos preveem que quando um determinado número de conselheiros pede que determinada votação seja feita por voto secreto ele tem que o ser", nota.
Em segundo lugar, estão em causa membros do Conselho Nacional e também o Tribunal Constitucional já se pronunciou a favor da votação secreta.
O regulamento do Conselho Nacional estabelece que as votações neste órgão se realizam por braço no ar, com três exceções: eleições, deliberações sobre a situação de qualquer membro do Conselho Nacional e deliberações em que tal seja solicitado, a requerimento de pelo menos um décimo dos membros do Conselho Nacional presentes.
"Além disso, votação de braço no ar é muito própria dos partidos estalinistas, dos partidos não democráticos, para condicionar a liberdade de voto", condena Paula Teixeira da Cruz. "O PSD não é um partido estalinista"