As políticas de imigração e os "processos Kafkianos" por que os imigrantes passam são criticados pelo candidato do Bloco de Esquerda à câmara de Lisboa.
Corpo do artigo
TSF\audio\2017\09\noticias\19\maria_augusta_casaca
Ricardo Robles falou com dois dos muitos imigrantes de várias nacionalidades que se acotovelavam na pequena sala da Associação.
Ambos do Punjab e a trabalharem na agricultura, ambos indocumentados e à espera de autorização de residência há 15 meses.
Ao seu lado, Timóteo Macedo, presidente da Associação Solidariedade Imigrante, não poupa criticas às políticas de imigração do País." Todos os dias temos 100 a 150 pessoas à procura de apoio, de ajuda", refere. Pessoas que, segundo ele, só procuram direitos e cidadania.
A Associação está em vias de ser despejada porque o senhorio quer vender o espaço em plena baixa lisboeta. Um espaço muito degradado, com tetos a cair, mas apetecível para a construção.
"Porque é que a câmara de Lisboa não dá um espaço?" pergunta o dirigente associativo. Adianta que o pedido já foi feito à câmara Municipal há muitos anos, mas até agora não recebeu resposta.
No final da visita, o candidato do Bloco de Esquerda considerou que Lisboa tem que ser de uma vez por todas uma cidade mais inclusiva.
"Os imigrantes só encontram pela frente processos kafkianos, que só encontram obstáculos e só querem ter o direito a viver neste País, a trabalhar e a pagar impostos". Na opinião de Ricardo Robles o País e "a cidade têm que os receber de braços abertos e tratá-los como todos os lisboetas".
E no final a despedida para todas as pessoas que estavam na sala. Em inglês, para que todos os imigrantes o percebessem
"A cidade tem que olhar para vocês como Lisboetas por isso são muito bem-vindos", disse o candidato do BE, aplaudido por todos os imigrantes que se encontravam na sala.