Em causa, os secretários de Estado que aceitaram convites da Galp para assistir a jogos do Euro2016. Associação diz que este caso é reflexo de "falta de cultura de gestão de conflitos de interesses".
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A Associação Transparência e Integridade considera que o caso dos secretários de Estado que viajaram a convite da Galp para assistir a jogos do Europeu de Futebol revela "um problema de falta de discernimento dos meios do Governo envolvidos e, infelizmente, uma falta de uma cultura de boa gestão e prevenção de conflitos de interesses".
Para o diretor executivo da Associação, João Paulo Batalha, esta situação "cria problemas na própria relação do Estado com este tipo de grandes empresas e na integridade que o Estado tem de preservar".
O representante da Associação Transparência e Integridade acredita que o incidente em si pode ficar resolvido com a devolução do dinheiro à Galp, mas não chega para prevenir situações futuras.
Por isso, João Paulo Batalha sugere a criação de "um código de conduta aplicável aos membros do Governo e dos seus gabinetes com regras claras em relação a presentes de hospitalidade" e registos públicos de ofertas que possam ser "regulados e fiscalizados".
"Como se vê, deixar estas questões desreguladas ou entregues simplesmente ao bom senso dos membros do Governo não é suficiente", diz João Paulo Batalha.