António Costa assumiu estas posições em respostas a questões colocadas por jornalistas após ter terminado sem qualquer princípio de acordo a reunião com os líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, sobre uma procura de soluções de Governo na sequência das eleições legislativas de 04 de outubro passado.
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"Temos trabalhado para que esse Governo alternativo possa existir. Estamos a trabalhar com seriedade com todas as forças políticas, designadamente com o PCP. Tivermos uma primeira reunião de trabalho que classifico como muito positiva e que criou condições para pormos fim a um muro que persiste na esquerda portuguesa desde 1975", declarou o líder socialista.
António Costa sustentou mesmo que estão a criar-se à esquerda "novas condições de diálogo", tendo em vista "permitir ao país novas condições de formação de um Governo estável, além daquelas que têm sido habituais" [entenda-se com o PSD e CDS].
"Estamos nesse diálogo com total boa-fé e empenhados. Sabemos que o caminho não é fácil, porque, além das divergências inultrapassáveis que temos e que neste momento não estão na mesa das negociações - sobre as questões europeias, designadamente -, há diferenças que têm de requerer um trabalho técnico e esforço comum, nomeadamente face às nove questões que o PCP enunciou como importantes e prioritárias num programa de Governo", referiu.
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O secretário-geral do PS procurou depois não deixar dúvidas sobre o interesse com o que segue essas negociações com o PCP.
"Ainda hoje terminou mais uma reunião técnica, vamos prosseguir esse trabalho e espero que corra bem", acrescentou.