Cabrita reafirma dados sobre o SIRESP que disponibilizou ao parlamento em 2018
Ministro garante que não ocultou informações relativas aos incêndios de 2017 e reforça a disponibilidade para ir ao Parlamento explicar os dados.
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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reafirmou esta terça-feira, em Lisboa, os dados que tinha avançado no parlamento sobre as falhas no sistema SIRESP em 2017, confirmando que as mesmas totalizaram cerca de 9.000 horas.
Em conferência de imprensa no Ministério da Administração Interna, em Lisboa, Eduardo Cabrita esclareceu os dados que tinha avançado a 4 de abril de 2018 na Assembleia da República e que foram contrariados em notícias recentes do jornal Público.
O governante garantiu que "não oculta" informações referentes aos incêndios de 2017, que provocaram quase sete dezenas de mortos, e reafirmou a disponibilidade de ir ao parlamento dar explicações sobre esses dados, como foi na segunda-feira solicitado pelo CDS-PP.
Entretanto, o ministro anunciou que o relatório com os dados referentes aos incêndios de 2017 foi publicado esta tarde no portal do Governo, estando disponível ao público.
Na conferência de imprensa desta terça-feira, o ministro, ao contrariar as notícias do Público, referiu haver uma "confusão entre disponibilidade global ou disponibilidade operacional", para justificar a discrepância de horas que mencionou no parlamento e as avançadas pelo jornal, que são cerca de dois terços menos.
O ministro disse que mandatou a secretaria-geral do Ministério para fazer um relatório com os dados dos incêndios de 2017, que, entretanto, já foi divulgado esta tarde no portal do Governo na Internet.
Entretanto, o Público noticiou que o Tribunal de Contas voltou a rejeitar o visto para investimento de 15,8 milhões de euros no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) e que "insiste que têm de ser apuradas responsabilidades por infrações financeiras", ao que o ministro respondeu que a questão será tratada entre o MAI e o Ministério das Finanças.
O governante garantiu que "a segurança dos portugueses é a prioridade", sublinhando que no ano passado o SIRESP esteve sempre disponível no ano passado, mesmo nos momentos de maior complexidade, sublinhando que nos incêndios de Monchique e a tempestade Leslie quando os sistemas convencionais falharam o SIRESP esteve operacional, tendo sido fornecidos meios de comunicação a algumas autarquias.
Enquanto o PSD pediu ao Governo para consultar os documentos com dados sobre o funcionamento do SIRESP durante os graves incêndios de 2017, o CDS-PP solicitou a presença do MAI no parlamento para esclarecimentos, situação para a qual Eduardo Cabrita já se disponibilizou, garantindo que irá "prestar todos os esclarecimentos".
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