Chefe de Estado português recebeu Xi Jinping, aceitou o convite para marcar presença no fórum "Uma Faixa, Uma Rota" e garantiu que a distância geográfica e cultural não separa os países na defesa dos valores essenciais.
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O Presidente da República garante que visita de Xi Jinping "pode ser histórica", no âmbito de "uma cooperação cada vez mais próxima" e assegura que Portugal e a China "trabalham em conjunto na defesa do multilateralismo, dos direitos humanos" e no combate às alterações climáticas.
Quarenta anos depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e China, Marcelo Rebelo de Sousa saúda a visita do homólogo chinês, garantindo que nem a distância geográfica e cultural separa os dois países na defesa de valores essenciais.
"[A distância] não nos impede de trabalharmos em conjunto para a valorização do papel do direito internacional, das organizações internacionais, a começar nas Nações Unidas, nem de defender o multilateralismo, os direitos humanos, a resolução pacífica dos conflitos, nem de apoiarmos o livre comércio e as pontes de entendimento entre estados e povos e estarmos em permanência atentos ao ambiente e às alterações climáticas", referiu o Presidente durante o discurso ao lado de Xi Jinping.
Contudo, Marcelo acredita que a cooperação entre Portugal e a China pode ser ainda mais profícua. "A assinatura de um memorando de entendimento e a presença portuguesa na iniciativa 'Uma Faixa, Uma Rota' no próximo ano, através do Presidente da República portuguesa, respondendo a um convite acabado de formular por vossa excelência e já aceite, (...) simbolizam bem a dimensão e a relevância da parceria que desejamos continuar a construir com um diálogo político regular e contínuo a pensar no muito que nos une", frisou o Presidente
Os votos partilhados são por Xi Jinping que confirma o convite para uma visita de Estado à China do homólogo português, em Abril do próximo ano, para a segunda edição do Fórum "Uma faixa, Uma rota".
Além de adensar a cooperação económica, o Presidente chinês salienta que os dois países vão acelerar a construção do centro de cultura em Lisboa.
Para Xi Jinping a posição de Portugal permite que a China avance na cooperação com a União Europeia e no quadro da ONU. Assim, deverão ser cada vez mais próximas as relações entre os dois países, até porque, lembra Xi Jinping, "vinho, azeite e amigo, quanto mais antigo melhor".
(Notícia atualizada às 19h18)
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